domingo, 30 de novembro de 2008

III Corrida das Bandeiras

Neste final de semana ocorreu a terceira edição da Corrida das Bandeiras. O Tô Correndo estava mais uma vez presente com o Walter, Elmar e eu, infelizmente desta vez sem fotos por puro esquecimento do repórter fotográfico. Vamos torcer para que a organização disponibilize algumas.

Organizada pelo Exército e pela Fit Fam, a corrida foi impecável: tudo, absolutamente tudo funcionando azeitado desde as inscrições (e-mails circulando à vontade), distribuição de kits (starter e finisher), chips, lanche, guarda-volumes, palco para premiação orientação e proteção ao longo de todo o percurso, postos de hidratação (3, 6 e 8 km), ambulâncias (4!). A camisa e a bela medalha foram acompanhadas de boné, coisa que não costumo ver. Detalhe: o valor da inscrição foi de apenas R$ 15,00.

A previsão meteorológica de chuva não se confirmou (graças a Deus, pelo que se lerá adiante) e o tempo, apesar de quente, não atrapalhou, pois o percurso permitiu algumas sombras no trecho de mata.

Para os atletas, a única dificuldade ficou por conta do percurso. A parte inicial (primeiros 7 km) foi realizada em trecho não asfaltado. Buracos, raízes de árvores e pedras soltas fizeram com que a energia dos atletas fosse dividida entre a corrida em si e o risco de uma queda. Tive a oportunidade de ver ao menos um atleta ser socorrido por ambulância (aparentemente, apenas um pé torcido), mas ouvi muitos relatos de gente se desequilibrando e “quase” torcendo o pé também.

O poeirão do barro seco entrou à vontade por narinas e boca numa respiração já castigada pelas ladeiras, curtas e numerosas, que obrigaram constantes quebras de ritmo. Alguns trechos mais estreitos, obrigaram atletas a disputar espaço e eventualmente correr em fila indiana. Estava mais para uma prova de
cross-country. Só faltou a lama, que por pouco não veio também.

Óbvio que tudo isto repercutiu nos tempos dos atletas, que estimo tenham ficado até 3 minutos acima do esperado. Não é, portanto, uma corrida que favoreça bons tempos, mas uma ótima brincadeira. Parabéns aos organizadores.

Entrevista com João Carlos Carlini


Amigos, este mês temos mais um ilustre figurando em nossas entrevistas: o Ironman João Carlos, triatleta pernambucano "dos bãos" cuja perseverança e tenacidade muita gente desconhece. Com a palavra, João!


Ficha do corredor


Nome completo: João Carlos Camilo Carlini Neto.

Nome de guerra: João.

Natural de: Recife.

Data de nascimento: 19/06/1967.

Local de treino habitual: Petrolina.

Freqüência semanal: 3 a 4 vezes por semana, pois tenho que pedalar também, haja vista que sou triatleta.

Quilometragem semanal: varia muito, mas perto do Ironman, prova que priorizo, chega a 70 km. Quando eu só corria (até o ano de 2000) chegava a 100 km

Currículo: 1998, Maratona de Nova York e São Sivestre; 1999, Maratona de Blumenau; de 2000 até hoje foram 8 Ironman, sendo sete em Florianópolis e um nos EUA. Foram 6 meio-Ironman e várias meias-maratonas.


Entrevista



Quando você começou a correr e como isto aconteceu? Em 1996, quando tinha 29 anos de idade e pesava 105 kg e era sedentário. Iniciei um regime alimentar, acompanhado de caminhadas. Logo veio a vontade de intensificar os exercícios, mas o único objetivo à época era a perda de peso. O início da caminhada e regime foi em setembro de 1996. Com a perda de 30 kg, fiquei com vontade de sair correndo em todas as provas, mas logo em 1998, início de novembro eu estreava em corridas e logo na maratona de Nova York.

Qual sua motivação para correr? Além de um excelente lazer, uma busca freqüente pela saúde. Com a corrida de longa distância, sempre ficamos com a sensação de bem-estar, isso já comprovado cientificamente, pois os hormônios do bem-estar (serotonina, etc) que nosso organismo libera, ao entrar na corrente sanguínea causa essa sensação agradável, o que nos tornas pessoas mais felizes.

Fale um pouco sobre o equipamento que você utiliza para correr. Como não tenho uma boa biomecânica na corrida, procuro correr com tênis com excelente amortecimento e bem confortável nos meus pés, devido às distâncias que corro serem grandes. Procuro, sempre, correr com tênis novos, ou quase novos, sempre avaliando o seu desgaste para não sobrecarregar as articulações. Devido às altas temperaturas do Sertão pernambucano, faço uso, constantemente, de protetor solar, bonés. Uso shorts e camisetas bem leves, a fim de deixar que a termorregulação seja realizada de forma mais eficiente possível. Procuro me hidratar a cada 15 minutos. Quando a distância do treino é longa, faço uso de repositores de eletrólitos, como gatorade, Sports drink da GU ou outros, além de me preocupar com reposição de carboidratos em treinos longos, como os em forma de gel. Quando a temperatura está acima dos 36º Celsius e vou fazer mais de duas horas de bike ou corrida, ou ambos. Faço uso de cápsulas de sal, a fim de evitar a hiponatremia, que é a baixa de sódio em nosso organismo, podendo levar até a morte.

Prefere provas de quantos km? Com certeza, as maratonas (42,195 km).

Qual sua prova predileta? Os Ironman’s.

Qual é sua estratégia para as provas? Sempre procuro iniciar e terminar com o mesmo ritmo de prova, para isso, treino visando a este estilo de corrida.

Qual sua meta atual? Fazer o Ironman abaixo das 11 horas.

Qual foi o seu melhor momento da vida de corredor? De corredor apenas, em 1999, quando só fazia correr. Já como triatleta, em 2002, quando consegui fazer dois Ironman’s no mesmo ano, sendo um em maio na cidade de Florianópolis e outro em novembro da cidade de Panamá City, Estado da Flórida, nos EUA. Nessa época, além de fazer o triathlon bem, eu estava correndo muito bem.

E o pior? Acredito que tenha sido nesses últimos dois anos, ou seja, em 2007 e agora em 2008. No ano passado eu já vinha caindo sobremaneira meu rendimento, quando foi neste ano, faltando apenas um mês para a prova do Ironman, que acontece em maio, meu coração entrou em fibrilação atrial. Só voltou a bater no ritmo sinusal após um mês e, mesmo assim, tendo que fazer uma cardioversão, que é o choque para o ritmo voltar ao normal. Com isso não pude participar do Ironman deste ano. Mas os treinos já voltaram ao normal e espero que próximo ano eu volte a participar do Ironman novamente. Já participei semana passada, aqui em Petrolina, da corrida do SESC que foram 10 km. Estou me sentindo melhor.

Deixe uma mensagem para quem quer começar a correr. Vocês que querem iniciar a prática da corrida, analisem bem os benefícios que essa prática tão saudável nos trás. Junte, de preferência, a um grupo para fazer corridas programadas, pois isso torna mais prazeroso a corrida, evitando que você venha a desistir logo no início de sua vida como corredor (a). Esse privilégio eu não tenho, pois treino sozinho, mas quem tiver essa oportunidade, não deixe de participar de um grupo de corridas.

Você que quer iniciar não esqueça de procurar um bom médico, a fim de fazer uma avaliação física completa para que possa, de fato, verificar que estar apto a fazer as atividades da corrida. Procure um bom nutricionista, mas ligado ao esporte. Em Recife, sugiro Rebeca Lasmar. Tive a oportunidade de ser consultado por ela e gostei muito. Atualmente estou com Patrícia Bertolucci, de São Paulo, uma triatleta que participa comigo de Ironmans e só faz provas de longa distância, então está muito acostumada com atletas de endurance. Mas, para vocês que pretendem iniciar agora, é fundamental que tenha uma equipe multidisciplinar para cuidar de você, a fim de não cometer os mesmos erros que cometi no início de minha atividade de corrida, onde não tinha nenhum acompanhamento.

Deve procurar o grupo para treinar com uma equipe. Deve procurar um nutricionista, deve procurar fazer alongamentos diariamente, fazer massagem, ao menos 1 vez por semana e deve procurar, também, um profissional capaz de elaborar sua planilha de treinamento, pois a medida que irá melhorando, a planilha personalizada passa a ser sua arma contra contusões, problemas de saúde de modo geral e também sua melhora pessoal depende de um atendimento exclusivo, pois seu treinamento, não será igual ao dos outros, não que não possamos treinar em equipes, mas seu ritmo cardíaco, por exemplo, será totalmente diferente dos ritmos cardíacos dos seus colegas.

Não devemos também nos esquecer de ter um bom descanso entre as sessões de treinamento, além de um sono reparador.

Enfim, tudo que deixo de mensagem são coisas que já são ditas todos os dias nos livros e revistas especializadas, mas o que precisamos mesmo, ao iniciar uma empreitada dessa é ter determinação, perseverança, pois, de fato, se não tivermos de nada adiantará as outras coisas em que citei.

Um forte abraço e quando estiver aí no recife, claro que irei me juntar a esse grupo para treinarmos juntos. A idéia é genial e vocês estão de parabéns, pois como apaixonado pela corrida, não poderia me furtar de elogiar esse grupo.

Última(s) entrevista(s):

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

II Corujão da ACORJA

A turma do Tô Correndo (Paulo, Walter e Márcio) marcou presença no II Corujão da ACORJA (Associação dos Corredores da Jaqueira). Os corujões são corridas noturnas que ocorrem na última terça-feira de cada mês.

Fotos “subtraídas” do blog (http://juliocordeiro.zip.net/) do corredor e novo amigo Júlio Cordeiro (clique para ampliar)


Nesta última, saímos da Jaqueira em direção ao Marco Zero e, após uma pequena pausa para aguardar a chegada de todos, fomos até o 2º Jardim de Boa Viagem. Mais uma pequena pausa e seguimos de volta para o Marco Zero. Nova pausa e finalmente partimos para a última escala em direção à Jaqueira, perfazendo um total de 24,6 km.

Percurso (clique para ampliar)

Diferentemente do que se pode pensar, a corrida é segura. O grupo é grande (nesta última edição, cerca de 35 pessoas) e normalmente vamos apoiados por ciclistas e por um carro dirigido pelo sogrão (obrigado!) do Lula, presidente de honra da ACORJA.

Os corujões têm vários baratos: a) a corrida segue numa temperatura amena, b) o ritmo é relativamente lento, pois o grupo procura andar coeso, c) o grupo é formado basicamente por amigos, alguns mais novos e outros mais antigos, proporcionando conversas descontraídas e motivadoras por todo o trajeto, d) a expressão curiosa das pessoas nas ruas nos observando e pensando sabe Deus o quê e e) uma outra visão da cidade para quem é dela morador e não consegue apreciá-la no corre-corre diário (desculpem o péssimo trocadilho, mas vocês entenderam).

Nos encontramos no próximo corujão! Vida longa à ACORJA!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Projeto POA 2009 (I)

Alguns amigos estão interessados em correr a Maratona de Porto Alegre (POA) em 2009. Como será a primeira experiência de muitos de nós, não há destino melhor indicado. É uma maratona quase plana e com clima frio, o que favorece a conclusão da prova e a obtenção de boas marcas pessoais.

Percurso e a altimetria da prova de 2008, retirados da revista contra-relógio.
(clique para ampliar)

Com a intenção de trocar informações e/ou de arregimentar interessados em partilhar das sessões de treinos, estamos apresentando o “Projeto POA 2009”.

Se você está interessado em correr a prova, há vários programas de treinamento disponíveis na Internet (podemos indicar), geralmente organizados em semanas. Há programas de 13, 15, 16 e até 18 semanas e a escolha do programa a seguir depende muito do quanto você está disposto a investir do seu tempo e da intensidade dos treinos que você realizará. Todos, porém, fazem algumas suposições:

- você já é um corredor, ou seja, já pratica a corrida há vários meses;
- você é capaz de correr 13 km, ainda que em ritmo lento, ao menos uma vez por semana;
- você é capaz de correr 10 km em 60 minutos ou melhor;
- você se sente confortável em treinar por, pelo menos, 4 a 5 horas por semana, em pelo menos 3 dias distintos.

Apesar de ser possível que você consiga fazer uma maratona seguindo algum desses programas sem preencher todos estes requisitos, espere até que ao menos seja capaz de completar a corrida longa. De outra forma, o programa será mais duro do que deveria ser.

Como a maratona de Porto Alegre já tem data confirmada (24/05/2009), os treinos específicos para a prova iniciarão em final de janeiro ou, no mais tardar, no início de fevereiro/2009. Ou seja, pelo menos 2 meses para preencher os requisitos e decidir sobre a participação na prova. Até lá, divulgaremos informações a respeito da preparação e da prova em si.

sábado, 15 de novembro de 2008

Correr com altas temperaturas


No Brasil, é de vital importância tomar medidas de segurança contra o calor, sobretudo no verão. É essencial controlar a temperatura corporal.

Quando você corre em um dia quente, seu corpo tem que lidar tanto com o calor do ambiente quanto com o calor produzido por seus músculos. De fato, mais de 2/3 da energia produzida pelos músculos é perdida como calor. Durante uma corrida com tempo quente, maior quantidade de sangue é enviada à pele para resfriamento, de modo que haverá menos sangue circulando pelos músculos. Isso significa que seu coração deverá bater mais rápido do que o normal para você correr no mesmo ritmo.

Administrar bem o calor é importante não apenas pelo desempenho, mas também para evitar a insolação
, incapacidade do organismo de se resfriar que pode trazer sérias conseqüências à saúde do atleta.

Conhecer as condições climáticas no dia da competição é fundamental. Além da temperatura ambiente, a alta umidade relativa do ar também dificulta a perda de calor do corpo para o ambiente. O resfriamento do corpo ocorre através da transpiração e da evaporação do suor da pele. Quando há uma alta umidade do ar não há evaporação. É perigoso participar de uma prova num ambiente muito quente e úmido (pesquise sobre as maratonas de Chicago). Evite correr quando a umidade relativa do ar ultrapassar 90%. Considere uma forma alternativa de exercício quando as condições climáticas adversas tornarem perigoso correr.



Para amenizar o calor e seus efeitos, apresentamos algumas dicas coletadas em vários sites (indicados ao fim da postagem).

Vestuário
Evite roupas em cores escuras, pois as mesmas absorvem o calor. Use boné, camiseta e short leves e de material que permita uma boa transpiração. Não use agasalhos, nem roupas apertadas. Se for correr sem camiseta, não esqueça de passar protetor solar.

Hidratação
Na transpiração durante uma atividade física – sobretudo, no calor - o corpo perde água, sódio, potássio e cloreto. Caso a atividade seja intensa, além da água é necessário repor todos os outros nutrientes mencionados, lançando mão de repositores energéticos e bebidas isotônicas. Quanto aos isotônicos, observe:

- bebida Isotônica: 100 ml contém de 20 a 40 calorias e é de rápida absorção pelo organismo. No entanto, deve ser evitado por gestantes, lactantes, hipertensos, diabéticos e pessoas com problemas renais.
- água de coco: é um isotônico natural. 100 ml contém 20 calorias. Sua absorção pelo organismo não é tão rápida, mas não há restrição de consumo.

É bom ter uma estratégia de hidratação que não nos permita chegar a sentir sede, momento em que já estamos em um primeiro estágio de desidratação. Por outro lado, não se pode exagerar na quantidade de água (hiponatremia) e isotônicos (desconforto intestinal). Para saber qual a perda de água do corpo em uma hora de competição pese-se antes e depois de um treino longo. Com esse resultado é possível montar a estratégia correta de hidratação. Confira algumas dicas de hidratação:

- evite bebidas alcoólicas ou cafeinadas, pois consomem a água disponível no organismo.
- consuma 250 a 500 ml de água 2h antes da prova;
- durante a prova, consuma 250ml de água a cada 20 minutos ou, pelo menos, 500ml de água a cada hora. Após 60 minutos de atividade, além da água, deve-se ingerir também carboidrato líquido (gel ou isotônico). Aqueles que perdem mais de 1 ½ kg de água devem entrar com suplementos antes de uma hora.
- ingira água até 2 h depois da prova em quantidade equivalente a 150% do peso perdido durante a prova. Essa água pode ser na sua forma liquida, também em frutas e alimentos.

Pré-resfriamento
O pré-resfriamento reduz um pouco a sua temperatura corporal antes da corrida. Com ele, menos sangue é enviado à pele para resfriamento, então maior quantidade de sangue rico em oxigênio vai para os músculos. Isso resulta em menor freqüência cardíaca para um dado ritmo, o que lhe permite manter uma velocidade maior no calor.

O pré-resfriamento pode ser feito de várias formas: câmaras frigoríficas, imersão em água gelada por uma hora (até começar a tremer continuamente). A forma mais segura e conveniente de resfriar-se antes de uma competição no calor é vestir uma roupa gelada (ice vest). Este tipo de vestimenta é eficiente em baixar a temperatura da pele, mas não tem um efeito tão grande quanto a imersão em água gelada.

O corredor deve iniciar o pré-resfriamento em torno de uma hora antes da competição e mantê-lo durante o seu aquecimento, mesmo que haja algum desconforto. Isso reduzirá a transpiração durante o aquecimento e preservará fluidos corporais preciosos para a corrida. Interrompa o pré-resfriamento o mais próximo possível da largada da competição.

Adicionalmente, uma vez que o calor que seus músculos geram contribui para carga de calor no seu corpo, você deve diminuir o aquecimento em um dia quente. Mas não inicie o treino sem aquecimento adequado apenas por que já está suado. Sudorese não é sinônimo de corpo aquecido.

Imediatamente antes da largada e durante a prova molhe-se (de preferência com água gelada) para ajudar a refrescar o seu corpo, mas cuidado: roupas molhadas atrapalham a evaporação: prefira molhar apenas braços e pernas, a idéia é manter a pele fria.

Preparação
É possível aprender a suportar o calor. Treine em condições de temperatura e umidade semelhantes às da prova. A aclimatação pode ser feita de forma gradativa. Faça alguns treinos perto do horário da prova, mas com uma intensidade mais baixa que a habitual, pois o desgaste físico é obviamente maior no calor. Não é necessário fazer a mesma distância da prova nesses treinos extras.

A utilização do monitor de freqüência cardíaca durante a corrida ajuda bastante. Os batimentos subirão com maior facilidade, obrigando o atleta a segurar seus ímpetos. Insistir em manter o mesmo ritmo praticado durante o ano vai provocar uma sobrecarga grande no organismo, o que pode debilitar o sistema imunológico e estafar o praticante.

Tratamento
Saiba os sinais de danos decorrentes do calor: 1. Não tente correr com câimbras: pare, descanse e beba água; 2. Sintomas de esgotamento pelo calor são: tontura, fraqueza e confusão mental. Caso estes sintomas apareçam pare, encontre uma sombra e beba água; 3. Sintomas de insolação são: diminuição da transpiração e pele quente e seca. Interrompa qualquer atividade e ache um meio de resfriar o seu corpo o mais rápido possível, remova a roupa e esfregue seu corpo com gelo e álcool, procure atendimento médico.

Adaptado de:
http://www.copacabanarunners.net/calor.html
http://www.copacabanarunners.net/perg0302.html
http://www.copacabanarunners.net/resfriamento.html
http://www.mundodastribos.com/agua-de-coco-ou-isotonico.html
http://www.webrun.com.br/outros/conteudo/noticias/index/id/6893
http://veja.abril.com.br/blog/saude-chegada/114856_comentario.shtml

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

X CICORRE


O X CICORRE ocorreu em clima de paz e confraternização, possivelmente a etapa do CICORRE com o maior número de atletas inscritos até então. Corremos o Walter, Sérgio, Elmar e eu.




O que pegou foi a temperatura... Muito quente... Todo mundo chiando... Os abandonos foram muitos, eu inclusive. Em razão disso, nos próximos dias será publicada uma postagem sobre correr sob altas temperaturas.

Como esta foi a última etapa do ano, já deixo o convite para aqueles que gostariam de participar no ano que vem. O CICORRE é o circuito promovido pela CORRE que conta com 10 etapas, uma a cada mês. Exceções são os meses de julho e dezembro, quando ocorrem, respectivamente, a Meia Maratona do CORRE e a Corrida dos Sinos.

As provas do CICORRE acontecem todas em Recife e têm percurso variado (de 6,6 a 12 km). A etapas com percurso próximo dos 10 km provavelmente oferecerão a alternativa de correr apenas 5 km sem, no entanto, contar para o ranking.

Propor-se participar de todas as etapas do circuito é uma ótima forma de motivar a continuidade do treinamento. Assim que sair o calendário 2009, o divulgaremos aqui. Boas corridas!

domingo, 9 de novembro de 2008

Cadarços

Parece brincadeira, mas até a amarração dos cadarços pode influir na performance dos atletas. Laços que se desfazem durante a prova, cadarços longos demais que oferecem risco de queda após pisarmos neles ou que te "chicoteiam" as pernas são os problemas mais comuns.

Poucas coisas são tão ruins quanto parar/interromper a corrida para amarrar laços desfeitos. Para evitar que isso aconteça, lembre-se sempre de dar um segundo nó por cima do primeiro laço. Esse hábito deve fazer parte do ritual de qualquer corredor. Caso seu cadarço ainda esteja encerado (novo) e não segure o segundo nó, lave-o previamente com sabão.

Caso o cadarço desamarre, uma dica importante: não sente ou se abaixe para amarrá-lo, pois o risco de você ficar tonto ou de você ter uma cãibra é grande. Prefira elevar a perna num meio-fio ou pára-choque, movimentos mais próximos daqueles que você estava desenvolvendo enquanto corria. Não corra com cadarços desamarrados!

Uma forma de amarração inadequada também pode interferir no conforto que os tênis ofertarão ao seus pés. Amarrações que permitem pontos de folga/atrito entre o seu pé e o tênis podem resultar em bolhas e calos, companheiros pouco agradáveis.

Há formas específicas de amarração para cada tipo de pé. Veja algumas possibilidades no site da New Balance.

domingo, 2 de novembro de 2008

IX e X CICORRE

Saiu o resultado do IX CICORRE. Participamos o Willams, Walter, Elmar, Sérgio e eu. O Sérgio se especializando nos 5 km e o Willams - nosso único representante constante do ranking (7o lugar!) - somando mais alguns preciosos pontos.






(clique para ampliar as imagens)

O percurso já era bem conhecido de nossos encontros nos sábados. Apesar de ser considerado o local de treino mais aprazível dentre aqueles que elegemos, a corrida não foi fácil. O tamanho do percurso - 12 km, o maior dentre aqueles do CICORRE - e o calor característico desta época do ano não estimulou a participação. Tanto que este foi, até então, o CICORRE com o menor número de concluintes este ano: 137. Pouco, frente a uma média em torno de 190.

Também já está no site da CORRE a
convocação para o X CICORRE, última etapa do ano. Dessa vez, o percurso de 10 km partirá do Parque da Jaqueira com destino ao Açude de Apipucos, ida e volta, pela Av. 17 de Agosto.


Exibir mapa ampliado

A CORRE permanece firme na iniciativa de também ofertar o percurso de 5 km, idéia louvável para atender àqueles que, por quaisquer razões, não se dispõem ao percurso completo. Precisam apenas melhorar um pouco a organização. Assim como no VIII CICORRE, também houve problemas: desta vez, o corredor líder da prova não identificou o ponto de retorno e acabou correndo um pouco mais...

sábado, 1 de novembro de 2008

Analgésicos para evitar a dor?

Já ouvi ou li de alguns corredores sobre o uso de analgésicos antes e durante as competições mais extenuantes. Sempre me soou bastante estranho este “drible” na dor, mas nunca havia lido nada mais sério a respeito.

A Revista Contra-Relógio de agosto de 2008 traz interessante matéria sobre o assunto que, acredito, pode nos ajudar a tomar decisões melhor fundamentadas quanto ao uso dos analgésicos. A seguir, apresento um resumo com alguns trechos copiados da matéria deixando um pouco de lado as informações mais técnicas sobre os fármacos.

Na busca por melhores resultados, sublimar a dor é objetivo comum a praticamente todos os atletas, em todos os níveis... muitos antecipam a dose de analgésico, tomando-a antes ou durante a própria competição. Será essa uma boa prática? Será que vale a pena copiá-la? Será?

Resposta orgânica a algo de errado que está ocorrendo no corpo, a dor é uma sensação desagradável, que varia do desconforto leve ao insuportável. É, portanto, um aviso, um sinal de alerta, uma forma de proteção. Um mecanismo de defesa que permite ao ser humano evitar tanto as causas como seus fatores de piora...

Analgésicos tais como ácido acetil salicílico, dipirona, paracetamol, ibuprofeno e naproxeno sódico possuem prós e contras, podendo interferir negativamente no sistema gastrointestinal, na coagulação sangüínea, na pressão arterial (derrubando-a ou aumentando-a), nas células brancas do sangue que servem à defesa do organismo, no fígado (sobretudo se associado a fatores como febre elevada, hepatite viral, diarréia intensa, jejum prolongado, vômitos abundantes, ingestão de bebida alcoólica e uso simultâneo de certos medicamentos).

Muitos treinadores de renome, a maioria deles atletas ou ex-atletas, relatam já ter utilizado analgésicos preventivamente. Acreditam que isto não chegava a influenciar nos resultados, mas apenas na performance, sendo mais fácil correr com menos dores. No entanto, nenhum dos entrevistados recomendou o uso preventivo de analgésicos, sempre direcionando aqueles que se interessam em fazê-lo a buscar orientação médica.

"Não considero benéfico o uso indiscriminado de nenhum fármaco para aumentar a capacidade esportiva de alguém, não interessando se é ou não atleta de alto rendimento... a banalização no uso destes medicamentos deve ser muito bem avaliada, seja pelo médico que recomenda, pelo treinador que sugere ou pelo esportista que aceita tomá-los. Por inibir o processo de dor, podem levar o atleta a não parar quando apresenta pequenos traumas, agravando assim a lesão." Rogério Lachtermacher, médico da CBAt e da FARJ, Mestre em ciências médicas e envolvido no esporte há 27 anos.

"Nenhum tipo de analgésico deve ser tomado antes de termos a sensação dolorosa, já que muitas vezes é a própria atividade física que ‘nos medica' contra o processo da dor. Deveríamos considerar o uso pré-competição como uma forma de obter melhores resultados perante os oponentes, como um doping. Sou formalmente contra o uso de tais medicamentos nessa situação". Ricardo do Rêgo Barros, coordenador do grupo de trabalho em medicina desportiva da Sociedade Brasileira de Pediatria e maratonista.

"Em corredores treinados, as dores musculares pós atividade física não são comuns, e quando surgem têm um tempo limitado, durando em torno de 24h a 48h. No entanto, a dor de origem osteoarticular também é freqüente nesses mesmos atletas, e quando negligenciada pode trazer conseqüências desastrosas como, por exemplo, as fraturas por estresse, principalmente na tíbia e no pé, e as lesões de cartilagem na articulação do joelho". Moisés Cohen, professor livre docente e chefe do Centro de Traumatologia do Esporte da UNIFESP, e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.

Embora a analgesia preventiva ainda seja discutida na prática da medicina esportiva, uma coisa é o uso preventivo de medicamentos contra a dor que eventualmente poderá aparecer nas provas mais exaustivas; outra bem diferente é a dor que certamente irá aparecer, seja em função de alguma patologia vigente ou por ainda não estar totalmente curada. "A meu ver, nesse segundo caso, o uso preventivo de substâncias caracteristicamente analgésicas ou antiinflamatórias jamais deve ser feito", diz Osmar de Oliveira, ortopedista e médico do esporte. Nesses casos, o correto é procurar tratar a causa, não apenas o efeito.

A prevenção contra a dor não é feita apenas com medicamentos. Além dos cuidados com o programa de treinamento e com a escolha de equipamento adequado, vários outros aspectos naturais podem e devem ser observados diretamente pelo próprio atleta, tais como o repouso, o fortalecimento muscular e o aquecimento.

Há muitas boas razões para que se faça atividade física regularmente. Entre outros benefícios, o exercício ativa a função cardíaca, fortalece os ossos, ajuda a controlar o peso, aumenta a flexibilidade e desenvolve a clareza mental. Nas corridas, em meio a tantas coisas boas e entendida de forma correta, a dor não é exatamente uma vilã. Passa a ser em duas situações: quando pouco sabemos a seu respeito ou quando decidimos ignorar os limites que nos impõe. Tendo chegado até aqui, para você que agora se encontra na situação dois, uma última recomendação: prevenir é bom; prevenir naturalmente melhor ainda.

Quem quiser ler a matéria completa, vale a pena.

Entrevista com Adriana Dubeux

Agora chegou a vez da grande campeã das Olimpíadas 2008!

Ficha do corredor

Nome completo: Adriana Dubeux Pacífico Pereira

Nome de guerra: Adriana

Natural de: Pernambuco, Recife

Data de nascimento: 30/05/1970

Local de treino habitual: Parque da Jaqueira

Freqüência semanal: 3 vezes por semana

Quilometragem semanal: 15 a 18 km

Currículo: Na verdade, sou totalmente amadora e iniciante na disputa em corridas. A corrida é um prazer, pois me sinto ótima quando pratico atividade física.


Entrevista

Quando você começou a correr e como isto aconteceu? Ficar totalmente sedentária, quase nunca fiquei. Já fiz academia, natação, pilates e de vez em quando gostava de caminhar e correr um pouquinho na Jaqueira. Como tive uns probleminhas no joelho há uns 5 anos, evitava sempre a corrida, preferindo a caminhada. Mas, a partir de julho deste ano, resolvi testar começando com um trote leve. A partir daí, fui aumentando a dose aos poucos e com a motivação das Olimpíadas do TCE, resolvi arriscar os 6 km.

Qual sua motivação para correr? A corrida condiciona o corpo muito rápido. Eu queria ter uma atividade física regular, que fosse aeróbica e que não me limitasse em relação a horários. Assim, naturalmente, fui correndo.

Fale um pouco sobre o equipamento que você utiliza para correr. Existem outros que não os pés?? (rá, rá, rá)

Prefere provas de quantos km? De 5 a 6 km para mim é o limite, como já disse estou começando agora.

Qual é sua estratégia para as provas? Alongo antes e começo num ritmo de médio para acelerado e vou assim até o meio da prova. Depois, relaxo um pouco o pique e no final dou uma última acelerada. Acho que o segredo é manter uma respiração o mais estável possível, senão o fôlego falta no final.

Qual sua meta atual? Chegar aos 10 km até o final do ano.

Deixe uma mensagem para quem quer começar a correr. Mesmo para quem, como eu em julho deste ano, corre apenas 1 km “morrendo” , vale a pena insistir. No começo é difícil, pois as pernas vão e o ar não chega. Depois, o ar chega e as pernas cansam, mas aos poucos correr vai se tornando tão natural que você não agüenta dar uma volta somente andando, fica sem graça. Uma boa pedida é levar um mp3 com umas músicas bem animadas. Enfim, começar é fácil, manter é mais difícil, mas o corpo vai pedir que você continue, é só obedecer...

Última(s) entrevista(s):
Paulo Paulada